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domingo, 5 de fevereiro de 2012

O NOVO VELHO FILME ESTA SE REPETINDO.....

A Alemanha e a Zona do Euro demonstram uma face para muitas pessoas despercebidas porem importante e reveladora. Houve uma absurda proposta partindo da Alemanha no sentido de enviar um comissário europeu (alemão claro!) para a Grécia com o intuito de controlar a execução do orçamento do país. Atitude justificada pelo parlamento alemão como justo uma vez que claramente perdeu-se a confiança nos seus executores. Nada mais justo senão fosse outro país com soberania e independência. Mais uma vez os alemães estão demonstrando suas garras em defesa de seus próprios interesses, medida essa que foi compartilhada de maneira velada pela França na defesa dessa atitude. As pessoas estão perdendo a noção do mínimo e mais, esquecendo da historia recente em que atitudes radicais contribuíram sobremaneira para uma guerra que já sabemos o resultado. Exagero, pois bem aguardemos os próximos passos. As historias no velho continente continuam iguais. Como bons políticos deveriam responder por que na ocasião em que foi emprestado o dinheiro não houve questionamento das ações de quem estava emprestando? Será que a historia nos apresentará no futuro uma mancha de corrupção dos dois lados? Uma constatação os próprios analistas dos jornais alemães manifestaram a seguinte opinião que a Alemanha tem o direito de insistir na implementação de disciplina fiscal na Europa, mas afirmam que o país precisa ter mais cuidado com a sua retórica, e deve evitar propostas que insultem os seus colegas da União Européia. Segundo eles, a sugestão de instituir um comissário de austeridade econômica é insensível e impraticável. “Independentemente daquilo quanto ao qual a conferência de cúpula da União Européia concordar agora ou depois, não haverá nenhum comissário europeu de austeridade econômica dotado de poderes de autoridade”. Já o “Süddeutsche Zeitung”, de esquerda, diz o seguinte: “A Alemanha se encontra em uma posição na qual jamais quis se encontrar novamente após 1945: a de potência dominante no meio da Europa. As suas tentativas de alcançar essa posição com canhões e tanques no século 20 acabaram em um apocalipse de sangue e fogo, mas é precisamente por causa disso que aquela Alemanha não existe mais. Segundo o jornal de direita “Frankfurter Algemeine Zeitung”, a Europa não é uma potência hegemônica nem hesitante muito menos arrojada que passa por cima dos outros membros da UE e/ou da zona do euro. A união dos europeus não funciona dessa maneira. Ela não foi formulada para resultar em dominação ou subordinação sistemática. Essa é a grande façanha da sua construção. Ela se baseia no respeito. A conclusão soa quase que paradoxal: para recuperar o seu Estado e a sua soberania, os gregos precisam ser independentes e formular suas próprias receitas de solução econômicas. Eles devem isso a si próprio. Eles têm que seguir o próprio caminho com liberdade possibilitada por erros e acertos com ou sem taxas monetárias e com a crença no crescimento econômico o que espero que aconteça embora a historia nos mostre o inverso. Abraços